terça-feira, 27 de julho de 2010

Interpretação de Texto

Interpretação de Textos

Texto

Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.


TIPOLOGIA TEXTUAL
1. texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia...

2. texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de jornal, uma bula de medicamento.





TEXTO LITERÁRIO
Conotação Figurado, subjetivo Pessoal

TEXTO NÃO-LITERÁRIO
Denotação Claro, objetivo Informativo


TIPOS DE COMPOSIÇÃO

1. Descrição: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoal, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas.

2. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito.

A Narração envolve:
I. Quem? Personagem;
II. Quê? Fatos, enredo;
III. Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
IV. Onde? O lugar da ocorrência;
V. Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
VI. Por quê? A causa dos acontecimentos;

3. Dissertação: dissertar é apresentar idéias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.


Denotação e Conotação

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas ignificações).
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto

Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.
Leia o texto I para responder às questões de 1 a 3.

Texto I

O tempo não é experiência. Pode ser esclerose. Numa visão ligeira, envelhecer seria um caminhar no sentido do futuro - o que não corresponde à verdade. Caminhar em direção ao futuro é a característica do jovem, ocorrendo envelhecimento quando se inicia o processo inverso: a volta ao passado, sua preservação, dele se fazendo sempre mais dependente. No que envelhece, o risco é o 5 hábito - a infindável repetição daquilo que foi antes uma resposta criadora. O perigo é a tensão inerente ao passado em buscar perpetuar-se, oferecendo as mesmas respostas a questões que agora são outras.
Esta, a ameaça do passado. Mas há outro ângulo.
O passado não se acumula somente sob a forma de hábito, mas, virtualmente, introduz a possibilidade da memória. E se o hábito faz com que se 10 repitam mecanicamente espostas caducas, a memória é o potencial criador sempre disponível com o qual a história pode contar.
O jovem está, num certo limite, livre de um passado que ameace escravizá-lo - simplesmente por não existir ou por não ter atingido a intensidade necessária. Na aparência - como se isso não dependesse de uma posição do espírito - sendo o Brasil um país jovem, estaríamos menos próximos 15 dos perigos da esclerose. Mas com o que podemos contar? Já foi dito, de resto, ser o Brasil um país sem memória.
Nosso ceticismo destruiria esta consideração - no sentido de levar em conta - com relação ao
passado. Parece que estamos condenados a sempre partir do zero.
(GOMES, Roberto. Crítica da Razão Tupiniquim.
Porto Alegre, RS: Mercado Aberto, 7ª ed. 1984)

1. Após uma leitura atenta do fragmento, julgue os itens a seguir, quanto aos aspectos da compreensão e interpretação.
a) O autor estabelece uma visão antitética em relação ao conceito usual de tempo.
b) Envelhecimento é a dependência em relação ao passado.
c) Pode-se inferir que o jovem, para manter-se fiel as suas características, preserva incólumes os valores herdados dos antepassados.
d) Hábito e memória excluem-se, na medida em que o hábito é pura repetição, enquanto a memória abre possibilidades criadoras.

2. Julgue os itens em relação à teoria lingüística e normas gramaticais.
a) Na linha 8, a próclise do pronome em não se acumula é facultativa.
b) As duas ocorrências da partícula se, no segundo parágrafo, linhas 8 e 9, equivalem-se no plano morfossintático.
c) Num certo limite, linha 12, está entre vírgulas por ser expressão internalizada em uma oração.
d) O agente da ação verbal no último período do texto, linha 17, é indeterminado.

3. Julgue os itens a seguir, em relação aos aspectos semânticos e estilísticos.
a) Experiência, esclerose, passado, futuro e envelhecer, no texto, pertencem ao mesmo campo semântico.
b) Virtualmente, na linha 9, poderia ser substituído por potencialmente ou factivelmente, sem alterar substancialmente o sentido do texto.
c) "Sendo o Brasil um país jovem", linha 14, instaura uma condição concessiva em relação à oração seguinte.
d) Ceticismo, linha 16, liga-se semanticamente a sem memória, na linha 16.

01. VVFV
02. FFVF
03. FVFF

Ortografia
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada.

Ç

01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo).
Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç.
Exemplos:

• erudito = erudição
• exceto = exceção
• setor = seção
• intuitivo = intuição
• redator = redação
• ereto = ereção
• educar - r + ção = educação
• exportar - r + ção = exportação
• repartir - r + ção = repartição


02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos:

• manter = manutenção
• reter = retenção
• deter = detenção
• conter = contenção

03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos:

• alcance = alcançar
• lance = lançar



S

01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e –ndir Exemplos:

• pretender = pretensão
• defender = defesa, defensivo
• despender = despesa
• compreender = compreensão
• fundir = fusão
• expandir = expansão

02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Exemplos:

• perverter = perversão
• converter = conversão
• reverter = reversão
• divertir = diversão
• aspergir = aspersão
• imergir = imersão

03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos:

• expelir = expulsão
• impelir = impulso
• compelir = compulsório
• concorrer = concurso
• discorrer = discurso
• percorrer = percurso

04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos:

• gostosa
• glamorosa
• saboroso
• horroroso

05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos:

• fase
• crase
• tese
• osmose

06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.
Exemplos:

• poetisa
• profetisa
• Heloísa
• Marisa

07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos:

• Eu pus
• Ele quis
• Nós usamos
• Eles quiseram
• Quando nós quisermos
• Se eles usassem


Ç ou S?

Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z.
Exemplos:

• eleição
• traição
• Neusa
• coisa


S ou Z?

01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios. Exemplos:

• português
• norueguesa
• marquês
• duquesa
• Inês
• Teresa


b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que
provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. Exemplos:

• embriaguez
• limpeza
• lucidez
• nobreza
• acidez
• pobreza

02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos:

• análise = analisar
• pesquisa = pesquisar
• paralisia = paralisar

b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos:

• economia = economizar
• terror = aterrorizar
• frágil = fragilizar

Cuidado:

• catequese = catequizar
• síntese = sintetizar
• hipnose = hipnotizar
• batismo = batizar

03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos:

• casinha
• asinha
• portuguesinho
• camponesinha
• Teresinha
• Inesita

b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos:

• mulherzinha
• arvorezinha
• alemãozinho
• aviãozinho
• pincelzinho
• corzinha


SS

01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos:

• anteceder = antecessor
• exceder = excesso
• conceder = concessão

02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.
Exemplos:

• imprimir = impressão
• comprimir = compressa
• deprimir = depressivo

03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.
Exemplos:

• agredir = agressão
• progredir = progresso
• transgredir = transgressor

04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos:

• comprometer = compromisso
• intrometer = intromissão
• prometer = promessa
• remeter = remessa


ÇS ou SS

Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo:
• curtir - r + ção = curtição
02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo:
• divertir - tir + são = diversão
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal. Exemplo:
• discutir - tir + ssão = discussão

J

01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos:

• trajar = traje, eu trajei.
• encorajar = que eles encorajem
• viajar = que eles viajem

02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos:

• loja = lojista
• gorja = gorjeta
• canja = canjica

03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos:

• jeca
• jibóia
• jiló
• pajé


G

01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos: • pedágio

• colégio
• sacrilégio
• prestígio
• relógio
• refúgio

02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. Exemplos:

• a viagem
• a coragem
• a personagem
• a vernissagem
• a ferrugem
• a penugem


X

01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos:

• mexilhão
• mexer
• mexerica
• México
• mexerico
• mexido

02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos:
• enxada
• enxerto
• enxerido
• enxurrada
Mas:
• cheio = encher, enchente
• charco = encharcar
• chiqueiro = enchiqueirar
03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos:


• ameixa
• deixar
• queixa
• feixe

• peixe
• gueixa



UIR e OER

Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos:

• tu possuis
• ele possui
• tu constróis
• ele constrói
• tu móis
• ele mói
• tu róis
• ele rói


UAR e OAR

Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-. Exemplos:

• Que eu efetue
• Que tu efetues
• Que ele atenue
• Que nós atenuemos
• Que vós entoeis
• Que eles entoem



EXERCÍCIOS
Para as perguntas de 01 a 17:
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam grafados corretamente:

01) X ou CH:
a) xingar, xisto, enxaqueca
b) mochila, flexa, mexilhão
c) cachumba, mecha, enchurrada
d) encharcado, echertado, enxotado

02) S ou Z:
a) ananás, logaz, vorás, lilaz
b) maciez, altivez, pequenez, tez
c) clareza, duqueza, princesa, rez
d) guizo, granizo siso, rizo
03) G ou J:
a) sarjeta, argila
b) pajem, monje
c) tigela lage
d) gesto, jeito

04) SS, C, Ç:
a) massiço, sucinto
b) à beça, craço
c) procissão, pretencioso
d) assessoria, possessão

05) O ou U:
a) muela, bulir, taboada
b) borbulhar, mágoa, regurgitar
c) cortume, goela, tabuleta
d) entupir, tussir, polir

06) X ou CH:
a) michórdia, ancho
b) archote, faxada
c) tocha, coxilo
d) xenofobia, chilique

07) X ou CH:
a) chafariz, pixe pecha
b) xeque, salsixa, esquixo

c) xuxu, puxar, coxixar
d) muxoxo, chispa, xangô

08) S, SS, Ç, C, SC:
a) assédio, discente, suscinto
b) oscilar, mesce, néscio, lascivo
c) víscera, fascinar, discernir
d) ascenção, ressuscitar, suscitar


Respostas Sobre Ortografia:

01. A
02. B
03. A
04. D
05. B
06. D
07. D
08. C



SEMÂNTICA
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
As homônimas podem ser:
Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
Morfologia
É a parte da gramática que estuda a estrutura, formação, flexão e classificação das palavras.
Estrutura das palavras
Formação das palavras
Lista de prefixos, sufixos e radicais gregos e latinos
Classes de Palavras
Estrutura das Palavras
As palavras são constituídas de morfemas.
São eles:
Radical
Afixos
Infixos
Vogal Temática
Tema
Desinências
Radical
É o elemento comum de palavras cognatas também chamadas de palavras da mesma família. É responsável pelo significado básico da palavra.
Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre...
Atenção:
Às vezes, ele sofre pequenas alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis

As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas.
Ex.: passatempo
Afixos
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal
Sufixos: colocados depois do radical. Ex.: folhagem, legalmente
Infixos
São vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética.Os infixos não são significativos, não sendo considerados morfemas.
Ex.: café-cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro

Vogal Temática
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe vogal temática em verbos e nomes. Ex.: beber, rosa, sala
Nos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem ( 1ª , 2ª ou 3ª ).
Ex.: partir- verbo de 3ª conjugação
Há formas verbais e nomes sem VT. Ex.: rapaz, mato(verbo)
Dicas
A VT não marca nenhuma flexão, portanto é diferente de desinência.
Tema
Tema = radical + vogal temática
Ex.: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a

Desinências
São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.
Podem ser:
Nominais: indicam gênero e número de nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ). Ex.: casa - casas, gato - gata
Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinências verbais: desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP). Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT)
Atenção
A divisão verbal em morfemas será melhor explicada em: classes de palavras/ verbos.
Algumas formas verbais não têm desinências como: trouxe, bebe...
• Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos verbos (infinitivo, erúndio e particípio). Ex.:beber, correndo, partido
Quadro das principais desinências
DESINÊNCIAS
NOMINAIS Gênero masculino (-o)
feminino (-a)
Número singular (não há)
plural (-s)














VERBAIS







de tempo e modo -va,-ve: imperfeito do indicativo, 1ª conjugação
-ia, -ie: imperfeito do indicativo, 2ª e 3ª conjugações
-ra, -re: mais-que-perfeito do indicativo (átono)
-sse: imperfeito do subjuntivo
-ra, -re: futuro do presente do indicativo (tônico)
-ria, -rie: futuro do pretérito do indicativo
-r: futuro do subjuntivo
-e: presente do subjuntivo, 1º conjugação
-a: presente do subjuntivo, 2º e 3º conjugações



de pessoa e número -o: 1ª pessoa do singular, presente do indicativo
-s: 2ª pessoa do singular
-mos: 1ª pessoa do plural
-is-, -des: 2ª pessoa do plural
-m: 3ª pessoa do plural

VERBO-NOMINAIS -r: infinitivo
-ndo: gerúndio
-do: particípio regular
Processos de Formação de Palavras
Maneira como os morfemas se organizam para formar as palavras.
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, a verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1970)
Os principais processos de formação são:
Derivação
Composição
Hibridismo
Onomatopéia
Sigla
Abreviação
Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

Derivação Prefixal

A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: re/com/por ( dois prefixos), desfazer, impaciente.

Derivação Sufixal

A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: realmente, folhagem.

Derivação Prefixal e Sufixal

A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.
Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ). Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras desleal e lealmente.
Derivação Parassintética

A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.

Derivação Regressiva

A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem. Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).


Derivação Imprópria

A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada como fazendo parte de outra.
Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; verde geralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde do parque comoveu a todos.)
Composição
Processo de formação de palavras através do qual novas palavras são formadas pela junção de duas ou mais palavras já existentes.
Existem duas formas de composição:
Justaposição
Aglutinação
A justaposição ocorre quando duas ou mais palavras se unem sem que ocorra alteração de suas formas ou acentuação primitivas.
Ex.: guarda-chuva, segunda-feira, passatempo.
A composição por aglutinação ocorre quando duas ou mais palavras se unem para formar uma nova palavra ocorrendo alteração na forma ou na acentuação.
Ex.: fidalgo (filho + de +algo), aguardente (água + ardente)
Hibridismo
Consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes.
Ex.: auto/móvel (grego + latim); bio/dança (grego + português)
Prefixos gregos e latinos
Radicais gregos e latinos
Sufixos
Radicais Gregos e Latinos
Prefixos Latinos Sentido Exemplos
AB-, ABS- Afastamento; separação abuso, abster-se, abdicar
AD-, A- Aproximação; tendência; direção adjacente, adjunto, admirar, agregar
AMBI- Duplicidade Ambivalência, ambidestro
ANTE- posição anterior Antebraço, anteontem, antepor
BENE-, BEN-, BEM- Bem; muito bom Benevolência, benfeitor, bem-vindo, bem-estar
BIS-, BI duas vezes bisavô, biconvexo, bienal, bípede, biscoito
CIRCUM-, CIRCUN- ao redor; movimento em torno Circunferência, circum-adjacente
CONTRA- Oposição; ação contrária contra-ataque, contradizer
COM-, CON-, CO- Companhia; combinação Compartilhar, consoante, contemporâneo, co-autor
DE-, DES-, DIS- movimento para baixo; afastamento; ação contrária; negação decair, desacordo, desfazer, discordar, dissociar, decrescer
EX-, ES-, E- movimento para fora; mudança de estado; separação exonerar, exportar, exumar, espreguiçar, emigrar, emitir, escorrer, estender
EXTRA- posição exterior; superioridade extra-oficial, extraordinário, extraviar
IN-, IM-, I-, EN-, EM-, INTRA-, INTRO- posição interna; passagem para um estado; movimento para dentro; tendência; direção para um ponto incisão, inalar, injetar, impor, imigrar, enlatar, enterrar, embalsamar, intravenoso, intrometer, intramuscular
IN-, IM-, I- negação; falta intocável, impermeável, ilegal
INTER-, ENTRE- posição intermediária; reciprocidade Intercâmbio, internacional, entrelaçar, entreabrir
JUSTA- Proximidade Justapor, justalinear
POS- posição posterior; ulterioridade pós-escrito, pospor, postônico
PRE- anterioridade; superioridade; intensidade prefixo, previsão, pré-história, prefácio
PRO- posição em frente; movimento para frente; em favor de Proclamar, progresso, pronome, prosseguir
RE- repetição; intensidade; reciprocidade realçar, rebolar, refrescar, reverter, refluir
RETRO- para trás Retroativo, retroceder, retrospectivo
SEMI- Metade semicírculo, semiconsoante, semi-analfabeto
SUB-, SOB-, SO- posição abaixo de; inferioridade; insuficiência subconjunto, subcutâneo, subsolo, sobpor, soterrar
SUPER-, SOBRE-, SUPRA posição superior; excesso Superpopulação, sobreloja, supra-sumo, sobrecarga, superfície
TRANS-, TRAS-, TRA-, TRES- através de; posição além de; mudança Transbordar, transcrever, tradição, traduzir, traspassar, tresloucado, tresmalhar
ULTRA- além de; excesso Ultrapassar, ultra-sensível
VICE-, VIS- posição abaixo de; substituição vice-reitor, visconde, vice-cônsul
Radicais Latinos
1º elemento da composição
Forma Sentido Exemplo
Agri Campo Agricultura
Ambi Ambos Ambidestro
Arbori- Árvore Arborícola
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô
Calori- Calor Calorífero
Cruci- cruz Crucifixo
Curvi- curvo Curvilíneo
Equi- igual Equilátero, eqüidistante
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia
Loco- lugar Locomotiva
Morti- morte Mortífero
Multi- muito Multiforme
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto
Oni- todo Onipotente
Pedi- pé Pedilúvio
Pisci- peixe Piscicultor
Pluri- Muitos, vários Pluriforme
Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede
Reti- reto Retilíneo
Semi- metade Semimorto
Tri- Três Tricolor
Radicais Latinos
2º Elemento da Composição
Forma Sentido Exemplos
-cida Que mata Suicida, homicida
-cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura
-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero
-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo
-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero
-paro Que produz Ovíparo, multíparo
-pede Pé Velocípede, palmípede
-sono Que soa Uníssono, horríssono
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo
-voro Que come Carnívoro, herbívoro
Radicais Gregos
1º Elemento da Composição


Forma Sentido Exemplos
Aero- ar Aeronave
Antropo- homem Antropologia
Arqueo- antigo Arqueologia
Auto de si mesmo Autobiografia
Biblio- livro Biblioteca
Bio- vida Biologia
Cali- belo Caligrafia
Cosmo- mundo Cosmologia
Cromo- cor Cromossomo
Crono- tempo Cronologia
Dactilo- dedo Dactilografia
Deca- dez Decaedro
Demo- povo Democracia
di- dois Dissílabo
Ele( c )tro- (âmbar) eletricidade Eletroímã
Enea- nove Eneágono
Etno- raça Etnologia
Farmaco- medicamento Farmacologia
Filo- amigo Filologia
Fisio- natureza Fisionomia
Fono- voz, som Fonologia
Foto- fogo, luz Fotosfera
Geo- terra Geografia
Hemo- sangue Hemorragia
Hepta- sete Heptágono
Hetero- outro Heterogêneo
Hexa- seis Hexágono
Hidro- água Hidrogênio
Hipo- cavalo Hipopótamo
Ictio- peixe Ictiologia
Iso igual Isósceles
Lito- pedra Litografia
Macro- grande, longo Macróbio
Mega- grande Megalomaníaco
Melo- canto Melodia
Meso- meio Mesóclise
Micro- pequeno Micróbio
Mito- fábula Mitologia
Mono- um só Monarca
Necro- morto Necrotério
Neo- novo Neolatino
Octo- oito Octaedro
Odonto- dente Odontologia
Oftalmo- olho Oftalmologia
Onomato- nome Onomatopéia
Orto- reto, justo Ortodoxo
Oxi- agudo, penetrante Oxítono
Paleo- antigo Paleontologia
Pan- todos, tudo Pan-americano
Pato- doença Patologia
Penta- cinco Pentágono
Piro- fogo Pirotecnia
Poli- muito Poliglota
Potamo- rio Potamografia
Proto- primeiro Protozoário
Pseudo- falso Pseudônimo
Psico- alma, espírito Psicologia
Quilo- mil Quilograma
Quiro- mão Quiromancia
Rino- nariz Rinoceronte
Rizo- raiz Rizotônico
Tecno- arte Tecnografia
Termo- quente Termômetro
Tetra- quatro Tetraedro
Tipo- figura, marca Tipografia
Topo- lugar Topografia
Tri- três Trissílabo
Zoo- animal Zoologia

Radicais Gregos
2º Elemento da Composição

Forma Sentido Exemplos
-agogo Que conduz Pedagogo
-algia Dor Nevralgia
-arca Que comanda Monarca
-arquia Comando, governo Monarquia
-céfalo Cabeça Microcéfalo
-cracia Poder Democracia
-doxo Que opina Ortodoxo
-dromo Lugar para correr Hipódromo
-edro Base, fase Poliedro
-fagia Ato de comer Antropofagia
-fago Que come Antropófago
-filia Amizade Bibliofilia
-fobia Inimizade, ódio, temor Fotofobia
-fobo Que odeia, inimigo Xenófobo
-foro Que leva ou conduz Fósforo
-gamia Casamento Poligamia
-gamo Casa Bígamo
-gêneo Que gera Heterogêneo
-glota; -glossa Língua Poliglota, isoglossa
-gono Ângulo Pentágono
-grafia Escrita, descrição Ortografia
-grafo Que escreve Calígrafo
-grama Escrito, peso Telegrama, quilograma
-logia Discurso Arqueologia
-logo Que fala ou trata Diálogo
-mancia Adivinhação Quiromancia
-metria Medida Biometria
-metro Que mede Pentâmetro
-morfo Que tem a forma Polimorfo
-nomia Lei, regra Astronomia
-nomo Que regula Autônomo
-péia Ato de fazer Onomatopéia
-pólis; -pole Cidade Petrópolis, metrópole
-ptero Asa Helicóptero
-scopia Ato de ver Macroscopia
-scópio Instrumento para ver Microscópio
-sofia Sabedoria Logosofia
-teca Lugar onde se guarda Biblioteca
-terapia Cura Fisioterapia
-tomia Corte, divisão Dicotomia
-tono Tensão, tom Monótono



Principais Sufixos
Tipos de sufixos Principais sufixos Exemplos
Nominais
formam substantivos e adjetivos aumentativo: -alhão, -ão, -anzil, -arra, -orra, -ázio... copázio, bocarra, corpanzil, casarão
diminutivo: -acho, -eto, -inho, -inha, -ote... riacho, filhote, livrinho
superlativo: -íssimo, érrimo, -limo... belíssimo, paupérrimo, facílimo
lugar: -aria, -ato, -douro, -ia... papelaria, internato, bebedouro
profissão: -ão, -dor, -ista... diarista, dentista, vendedor
origem: -ano, -eiro, ês... francês, alagoano, mineiro
coleção, aglomeração, conjunto: -al, -eira, -ada, -agem... folhagem, cabeleira, capinzal
excesso, abundância:
-oso, -ento, -udo... gostoso, ciumento, barbudo
Verbais -ear, ejar, -ecer, -escer,
-entar, -fazer, -ficar, -icar, -iscar, -ilhar, -inhar, -itar,-izar... folhear, velejar, envelhecer, florescer, afugentar, liquefazer, petrificar, adocicar, chuviscar, dedilhar, escrevinhar, saltitar, organizar
Adverbiais somente o sufixo -mente amavelmente, distraidamente
Onomatopéia
Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.
Ex.: triiim, chuá, bué, pingue-pongue, miau, tique-taque, zunzum

Sigla
Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba de cada palavra.
Ex.: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais,
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Abreviação ou redução
Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação.
Ex.: moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema).
Classes de palavras

Substantivos: É a palavra que designa ou dá nome ao ser. Pode vir antecedido de artigo, pronome demonstrativo, possessivo ou indefinido.
1. Substantivo próprio: É o que nomeia um ser em particular.Exemplos: João, Maria, Sara, Inglaterra, Brasília, Rio de Janeiro, PF (Polícia Federal).
2. Substantivo comum: É o que designa o ser de cada espécie. Exemplos: homem, mulher, criança, professor, artista, jornalista, teatro, casa, cama, fogão.
Os substantivos comuns ou próprios podem ser classificados ainda como:
a. Substantivo concreto: É o que designa seres com existência própria, ou na realidade ou em nossa imaginação. Exemplos: homem, casa, pedra, fada, gnomo, saci, bruxa, ogro, alma, Deus.

b. Substantivo abstrato: É o que designa qualidades, emoções, sensações, sentimentos dos seres. Não tem existência independente, é desencadeado pelo ser. Não possui forma física definida, nem em imaginação. Exemplos: ciúme, dor, amor, justiça, verdade, franqueza, beleza, crueldade, bondade.
c. Substantivo simples: É aquele formado por apenas um elemento. Exemplos: casa, sapato, menino, dor, amor, bruxa.
d. Substantivo composto: É aquele formado por mais de um elemento. Exemplos: beija-flor, guarda-chuva, lobisomem, saci-pererê.
e. Substantivo primitivo: É aquele que não vem de nenhuma outra palavra da língua. Exemplos: café, pedra, terra, flor, jornal.
f. Substantivo derivado: É aquele que se origina de outra palavra da língua. Exemplos: cafezal (café), pedregulho (pedra), terráqueo (Terra), florista (flor), jornalista (jornal).
g. Substantivo coletivo: É aquele que, mesmo no singular, designa um grupo de seres da mesma espécie.
Veja lista a seguir:

álbum: de fotografias
alcatéia: de lobos
armada: de navios de guerra
assembléia: deputados, professores, pessoas com um mesmo objetivo
baixela: utensílios de mesa, em especial os de metal nobre
banca: de examinadores
banda: de músicos
bando: de aves, de ciganos, de salteadores
bateria: instrumentos de percussão, peças de guerra, de cozinha
biblioteca: de livros
cacho: de bananas, de uvas etc.
Câmara: conjunto de deputados
cancioneiro: de canções, de poesias líricas
caravana: de viajantes
cardume: de peixes
chusma: de gente, de pessoas
classe: de alunos, de profissionais, de pessoas de um mesmo nível
Colégio: de eleitores, cardeais
colméia: de abelhas
concílio: de prelados católicos
conclave: de cardeais para a eleição do Papa
Congresso: assembléia de parlamentares
consistório: assembléia de cardeais, presidida pelo Papa
cordilheira: de montanhas
corja: de vadios, de velhacos, de ladrões
discoteca: de discos
elenco: de atores
enxame: de abelhas
esquadra: de navios de guerra
esquadrilha: de aviões
fato: de cabras
fauna: de animais
feixe: de lenha, de capim
flora: de plantas
frota: de navios mercantes, de ônibus, de carros
horda: de desordeiros, de aventureiros, de bandidos
legião: de soldados, de demônios, de anjos
manada: de bois, de búfalos, de elefantes
molho: de chaves, de verdura
nuvem: de gafanhotos, de pequenos insetos
pelotão: de soldados
penca: de frutas, de chaves
platéia: de espectadores
plêiade: de poetas, de artistas
ramalhete: de flores
rebanho: de gado, de ovelhas
réstia: de cebolas, de alhos
Senado: de senadores
súcia: de velhacos, de desordeiros
turma: de estudantes, de trabalhadores etc.
Gênero, número e grau dos substantivos.
1. Substantivo biforme: É aquele que tem uma forma para o masculino e outra para o feminino. Exemplos:homem, mulher; menino, menina.
2. Substantivo uniforme: É aquele que tem uma única forma para os dois gêneros. Pode ser:
a. Comum de dois gêneros: A diferenciação masculino/feminino se faz pelo artigo. Exemplos:
o artista, a artista

o intérprete, a intérprete
o colega, a colega
o dirigente, a dirigente
o mártir, a mártir
o atendente, a atendente
o viajante, a viajante
o acrobata, a acrobata.

b. Sobrecomum: É o que possui uma única forma para designar o masculino e o feminino, não variando nem mesmo o artigo. Exemplos: a criança, a pessoa, a vítima, a testemunha, o algoz, o cônjuge, o ídolo, o indivíduo.
c. Epiceno: Nomes de animais que têm uma só forma para os dois gêneros. A diferenciação masculino/feminino se faz com as palavras macho e fêmea. Exemplos: a baleia-macho a baleia-fêmea.
Notas:1) Alguns substantivos não são facilmente reconhecíveis quanto ao seu gênero, ocasionando uso incorreto.
São masculinos: o açúcar, o ágape, o apêndice, o avestruz, o axioma, o bólido, o caudal, o clã, o champanha, o cós, o dó, o diadema, o diafragma, o eczema, o estigma, o estratagema, o formicida, o gengibre, o guaraná, o herpes, o lança-perfume, o lhama, o magazine, o milhar, o plasma, o puma, o sabiá, o saca-rolhas, o sósia, o telefonema, o trema.
São femininos: a acne, a agravante, a aguardente, a alcunha, a alface, a apendicite, a bacanal, a bólide, a cal, a cataplasma, a cólera (raiva), a cólera (doença infecciosa), a fênix, a ioga, a libido, a mascote, a matinê, a omoplata, a sentinela, a usucapião.
Usam-se no gênero masculino ou feminino:

o diabetes, a diabetes
o laringe, a laringe
o personagem, a personagem
o preá, a preá
o tapa (mais usado), a tapa.

Formação do plural - Para conhecer melhor, veja em Adjetivo, e respectivo Plural dos compostos (Hifens e Cores).
Grau dos substantivos
Aumentativo e diminutivo:analítico e sintético
1. Analítico
a. Usa-se para o aumentativo termos como: grande, enorme, gigante, imenso etc. Exemplo: menino imenso.
b. Para o diminutivo: pequeno, minúsculo, ínfimo. Exemplo: menino minúsculo.
Também na linguagem popular expressões como: pra burro, às pampas, à beça etc. Outros Exemplos:feio à beça, tinha gente pra burro.
2. Sintético:
a. Aumentativo: usando-se os sufixos: -ão, -aço, -aça, -arra, -arrão,-az, -ázio, -ágio, -alha, -ona, -orra.
Exemplos: garrafão, papelão, meninão, homenzarrão, ricaço, balaço, barcaça, barbaça, bocarra, cartaz, copázio, lavradaz, mulherona, beiçorra, cabeçorra, manzorra, muralha.
b. Diminutivo: Usando-se os sufixos: -inho, -zinho, -zito, -zcho, -culo, -ela, -ete, -eto, -ico, -ola, -ote, -ucho, -únculo etc. Alguns exemplos: menininho, livrinho, filhinho, cãozinho, paizinho, mãezinha, cãozito, florzita, populacho, riacho, montículo, partícula, ruela, viela, diabete, filete, folheto, saleta, burrico, namorico, rapazola, bandeirola, caixote, velhote, papelucho, gorducho, homúnculo, questiúncula.
Nota: Muitas palavras quando usadas no aumentativo ou diminutivo perderam seu sentido original.Exemplos: partícula, filete, cartão, portão, folheto etc.
Outros substantivos expressam carinho, afetividade.
Vejam alguns Exemplos:mãezinha, menininho.
Pode também manifestar ironia, desprezo. Exemplos:gentinha, gentalha, populacho, beiçorra.
Plural dos substantivos no grau diminutivo com os sufixos -zinho ,-zitoirmãozinho, irmãozinhos; paizinho, paizinhos; salãozinho, salõezinhos;cãozito, cãezitos;papelzito, papeizitos;
Regra geral: Coloca-se o substantivo em seu grau normal, corta-se o s, e se acrescenta novamente o sufixo acompanhado de s.
Adjetivos: é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na oração: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo.
OS ADJETIVOS PODEM SER:
ADJETIVO EXPLICATIVO: É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite.
ADJETIVO RESTRITIVO: É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite.
Obs.: Sempre que o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele,teremos o seguinte: Se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. Por exemplo: O homem, mortal, age como um ser imortal. Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase O homem inteligente lê mais. inteligente é adjetivo restritivo, pois indica uma qualidade adicionada ao substantivo, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. Perceba que inteligente, apesar de não ser essencial a todos os homens, é especificamente ao universo de homens dos quais estamos falando. Caso o adjetivo restritivo esteja entre vírgulas, funcionará como predicativo. Por exemplo: O diretor, preocupado, atendeu ao telefone. Perceba que preocupado não é uma qualidade essencial a todos os homens nem o é ao diretor de quem estamos falando; o diretor possui a qualidade de preocupado apenas em um determinado momento - essa é a diferença entre o adjunto adnominal e o predicativo.
ADJETIVO PÁTRIO: É o adjetivo que Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:
ESTADOS E CIDADES BRASILEIROS:Acre = acreano ; Alagoas = alagoano ; Amapá = amapaense; Brasília = brasiliense; Porto Alegre = porto-alegrense; Rio Grande do Sul = rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho.
PAÍSES:Croácia = croata; Costa Rica= costa-riquense; o = porto-riquenho
ADJETIVOS PÁTRIOS COMPOSTOS: Na formação de adjetivos pátrios compostos, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:
África = afro- / Cultura afro-americana; Alemanha = germano- ou teuto- /
LOCUÇÃO ADJETIVA: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: de águia = aquilino; de aluno = discente; de anjo = angelical; de ano = anual; de aranha = aracnídeo...
FLEXÕES DO ADJETIVO
I) GÊNERO E NÚMERO: O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino e feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Camisas cinza, ternos cinza. Ex. Carros amarelos e motos vinho.
ADJETIVO COMPOSTO: Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo, a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.
Ex. Olhos verde-claros.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.
GRAUS DO ADJETIVO:
01) Comparativo: Compara uma qualidade entre dois elementos ou duas qualidade de um mesmo elemento. São três os comparativos: de superioridade: Para alguns alunos, Português é mais fácil que Química. de igualdade: Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química.de inferioridade: Para alguns alunos, Português é menos fácil que Química.
Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo, Pedro é maior do que Paulo, pois está-se fazendo a comparação de dois elementos, mas Pedro é mais grande que pequeno, pois está-se fazendo a comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. Ex. Edmundo foi condenado, mas tenho certeza de que ele é mais bom do que mau.

02) Superlativo: Engrandece a qualidade de um elemento. São dois os superlativos de um adjetivo:Superlativo absoluto: analítico = o adjetivo é modificado por um advérbio:Ex. Carla é muito inteligente.sintético = quando há o acréscimo de um sufixo (-íssimo, -érrimo, -ílimo) Ex. Carla é inteligentíssima.
Superlativos absolutos sintéticos eruditos: Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético apresentam a primitiva forma latina, daí serem chamados de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois superlativos absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e o erudito, macérrimo.
EIS UMA PEQUENA LISTA DE SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS:

benéfico = beneficentíssimo
bom = boníssimo ou ótimo
célebre = celebérrimo
comum = comuníssimo
difícil = dificílimo
doce = dulcíssimo
fiel = fidelíssimo
frio = friíssimo ou frigidíssimo
humilde = humílimo
jovem = juveníssimo
livre = libérrimo
magnífico = magnificentíssimo
magro = macérrimo ou magríssimo
manso = mansuetíssimo
mau = péssimo
nobre = nobilíssimo
preguiçoso = pigérrimo
sábio = sapientíssimo

Artigo: Classe variável que define ou indefine um substantivo.
Podem ser:
Definidos: o/a, os/as
Indefinidos : um/uma, uns/umas
Flexionam-se em:Gênero Número
Servem para: Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe. Ex.: calça verde (adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa, não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) como resposta".
Evidenciar o gênero do substantivo. Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge
Pronome: É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome. Ex.: Ana disse para sua irmã:
- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa.
1. eu substitui "Ana"
2. meu acompanha "o livro de matemática"
3. o substitui "o livro de matemática"
4. ele substitui "o livro de matemática"
Flexão
Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:
Gênero
(masculino/feminino)
Ele saiu/Ela saiu
Meu carro/Minha casa
Número
(singular/plural)
Eu saí/Nós saímos
Minha casa/Minhas casas
Pessoa
(1ª/2ª/3ª)
Eu saí/Tu saíste/Ele saiu
Meu carro/Teu carro/Seu carro
Função : O pronome tem duas funções fundamentais:
Substituir o nome: Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal. Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome)
Referir-se ao nome: Nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo nominal. Ex.: Nenhum aluno se calou. (o sujeito "nenhum aluno" tem como núcleo o substantivo "aluno" e como palavra dependente o pronome adjetivo "nenhum")
Classificação
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:
1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS
2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS
3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS
Pronomes pessoais retos : são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo.
Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento.
Pessoas do discurso Pronomes pessoais retos Pronomes pessoais oblíquos
Átonos Tônicos
Singular 1ª pessoa eu me mim, comigo
2ª pessoa tu te ti, contigo
3ª pessoa ele/ela se, o, a, lhe si, ele, consigo
Plural 1ª pessoa nós nos nós, conosco
2ª pessoa vós vos vós, convosco
3ª pessoa eles/elas se, os, as, lhes si, eles, consigo
Pronomes oblíquos
Associação de pronomes a verbos:
Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes. Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem.
Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.
Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas. Ex.: Fizeram um relatório.
Fizeram-no.
Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex.: Maria olhou-se no espelho
Eu não consegui controlar-me diante do público.
Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do verbo no infinitivo. Ex.:O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento)
O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito)
Pronomes de tratamento: São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.
Conheça alguns:
você (v.) : tratamento familiar
senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito
senhorita (Srta.) : moças solteiras
Vossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimônia
Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades
Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes
Vossa Eminência (V.Emª.) : para cardeais
Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa
Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores
Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques
Atenção
1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade)
2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome "vossa" se transforma no possessivo "sua".
Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindoa pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)
Pronomes Possessivos
São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical possuidora.
As principais palavras que podem funcionar como pronomes possessivos: Masculino, Feminino
Singular Plural Singular Plural
meu meus minha minhas
teu teus tua tuas
seu seus sua suas
nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
seu seus sua suas
Atenção: Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele afagou-lhe (= seus) os cabelos.
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo, e sua posição no interior de um discurso.
Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração
este, esta, isto, estes, estas Perto de quem fala (1ª pessoa). Presente Referente aquilo que ainda não foi dito. Referente ao último elemento citado em uma enumeração.
Ex.: Não gostei deste livro aqui. Ex.: Neste ano, tenho realizado bons negócios. Ex.: Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química. Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida.
esse, essa, esses, essas Perto de quem ouve (2ª pessoa). Passado ou futuro próximos Referente aquilo que já foi dito.
Ex.: Não gostei desse livro que está em tuas mãos. Ex.: Nesse último ano, realizei bons negócios Ex.: Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa
aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas Perto da 3ª pessoa, distante dos interlocutores. Passado ou futuro remotos Referente ao primeiro elemento citado em uma enumeração.
Ex.: Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe. Ex.: Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei bons negócios. Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida que aquele.
Pronomes Indefinidos
São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa.
Alguns pronomes indefinidos:

algum mais qualquer
bastante menos quanto
cada muito tanto
certo nenhum todo/tudo
diferentes outro um
diversos pouco vários
demais qual


Algumas locuções pronominais indefinidas:

cada qual
qualquer um
tal e qual
seja qual for
sejam quem for
todo aquele
quem quer (que)
uma ou outra
todo aquele (que)
tais e tais
tal qual
seja qual for


Pronomes relativos: São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo.
Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite."
onde: pronome relativo que representa "a rua"
a rua : antecedente do pronome "onde"


Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos:
FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARIÁVEIS
Masculino Feminino
o qual / os quais a qual / as quais quem
quanto / quantos quanta / quantas que
cujo / cujos cuja / cujas onde
O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL"
Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris."
Antecedente: menina
Pronome relativo antecedido de preposição: de quem
Os pronomes relativos CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem artigo e possuem o significado "DO QUAL" "DA QUAL" Ex.: "O livro cujo autor não me recordo."
Os pronomes relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) aparecem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: "Você é tudo quanto queria na vida."
O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Ex.: "A casa onde moro é muito espaçosa."
O pronome relativo QUE admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa ou pessoa, o pronome demonstrativo ou outro pronome. Ex.: "Quero agora aquilo que ele me prometeu."
Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas orações em um só período. Ex.:A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro. ( A mulher que parece interessada comprou o livro.)

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.
Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL, etc.

Ex.: "Quantos livros teremos que comprar?"
"Ele perguntou quantos livros teriam que comprar."
"Qual foi o motivo do seu atraso?"

Advérbio: Classe invariável que expressa circunstâncias.
Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos ou outros advérbios. Ex.:"O aluno estudou muito".(advérbio ligado ao verbo estudou),
"A mesa estava muito brilhante".(advérbio muito ligado ao adjetivo brilhante),
"O trabalho ficou pronto muito tarde".(advérbio ligado ao advérbio tarde)
Algumas circunstâncias expressas pelos advérbios:

Tempo (sempre, amanhã...)
Lugar (aqui, ali...)
Modo (amavelmente, rapidamente...)
Intensidade (tão, muito...)
Afirmação (sim, realmente...)
Negação (nem, não...)
Dúvida (provavelmente, talvez...)

Locução adverbial: Duas ou mais palavras com valor de advérbio. Ex.: Rubens estava morrendo de medo. ( locução adverbial que expressa a circunstância de causa); A bela mulher apareceu na porta. (locução adverbial que expressa a circunstância de lugar)
Dicas: Não procure decorar os advérbios ou locuções adverbiais. O que faz com que uma palavra pertença a uma classe é a relação que ela estabelece com as outras.Por exemplo, a palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será. Veja:
"Estava meio atrasado" (advérbio)
"Resolvi dar meia volta" (numeral)
"O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas idéias" (substantivo)
Conjunção: Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de uma oração. Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (ligando orações)
Os pais viajaram para Orlando e Paris.(ligando termos dentro de uma oração)

As conjunções podem ser:
Subordinadas
Coordenadas
Atenção
As conjunções subordinadas e coordenadas serão tratadas com mais detalhes em Sintaxe.
Locução conjuntiva
Duas ou mais palavras com valor de uma conjunção. Ex.: já que, se bem que, a fim de.
Numeral: Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização...
Os numerais podem ser:
Cardinais- indicam uma quantidade exata.
Ex.: quatro, mil, quinhentos
Ordinais- indicam uma posição exata.
Ex.: segundo, décimo
Multiplicativos- indicam um aumento exatamente proporcional. Ex.: dobro, quíntuplo
Fracionários- indicam uma diminuição exatamente proporcional. Ex.: um quarto, um décimo
Dicas: Numeral (cinco, segundo, um quarto) é diferente de número (5, 2º ,1/4). Evite usar números em seu texto. Eles deverão ser usados para dados, estatísticas, datas, telefones...
Quadro dos principais numerais
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro (simples) -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta qüinquagésimo - cinqüenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
Leitura dos numerais
1-Numeral antes do substantivo
A leitura será ordinal: X volume- décimo volume; XX página- vigésima página
2-Numeral depois do substantivo
A leitura será ordinal de 1 a 10: volume X- volume décimo; página XX- página vigésima
A leitura será cardinal de 11 em diante: pauta XII- pauta doze; século XX- século vinte

Verbos: Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, um estado, um fenômeno.

a) O policial prendeu o assassino.
b) Maria foi atropelada pelo veículo.
c) O assassino estava doente.
d) No Nordeste quase não chove.

a) O policial praticou uma ação;
b) Maria sofreu uma ação;
c) O assassino encontrava-se num certo estado;
d) Quase não ocorre um dado fenômeno da natureza no Nordeste.

Conjugações: Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
Infinitivo em AR - verbos de primeira conjugação (cantar, amar, procurar, etc.)
Infinitivo em ER - verbos de segunda conjugação (correr, bater, ceder, etc.)
Infinitivo em IR - verbos de terceira conjugação (ir, possuir, agir, etc.
O verbo irregular pôr e seus derivados ( antepor, compor, contrapor, opor, pospor, etc.) pertencem a segunda conjugação, pois são derivados da forma poer.
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:
CANTAR - vogal temática A (primeira conjugação)
VENDER - vogal temática E (segunda conjugação)
PARTIR - vogal temática I (terceira conjugação)

Estrutura do verbo (radical + terminação)
O verbo possui uma base comum de significação que é chamada de RADICAL. A esse radical se junta, em cada forma verbal, uma TERMINAÇÃO, da qual participa pelo menos um dos seguintes elementos:
Vogal temática ( -a- , -e-, -i- , respectivamente para verbos de 1ª, 2ª e 3ª conjugação)
Ex.: cant-a, beb-era, sorr-ira
Dicas:O radical acrescido de vogal temática chama-se tema:
CANTAR, VENDER, PARTIR
Desinência temporal (ou modo temporal) - indica o tempo e o modo:
canta (ausência de sufixo), cant-a-va, cant-a-ra
Desinência número-pessoal - identifica a pessoa e o número:
canta (ausência de desinência), cant-a-va-s (2ª pessoa singular), cant-á-ra- mos (1ª pessoa plural)
Todo o mecanismo da formação dos tempos simples repousa na combinação harmônica desses elementos flexivos com um determinado radical verbal. Muitas vezes, falta um deles, como, por exemplo:
VOGAL TEMÁTICA, no presente do subjuntivo e, em decorrência, nas formas do imperativo dele derivadas: cante, cantes, cante, etc.
DESINÊNCIA TEMPORAL, no presente e no pretérito perfeito do indicativo, bem como nas formas do imperativo derivadas do presente do indicativo: canto, cantas, canta, etc.; cantei, cantaste, cantou, etc.; canta (tu), cantai (vós);

DESINÊNCIA PESSOAL,
a) na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo (canta);
b) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do imperfeito (cantava), do mais-que-perfeito (cantara) e do futuro do pretérito (cantaria) do indicativo;
c) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo (cante), do imperfeito do subjuntivo (cantasse) e do futuro do subjuntivo (cantar);
d) na 1ª e na 3ª pessoa do infinitivo pessoal (cantar).
Flexões do verbo
O verbo apresenta variações de número, pessoa, modo, tempo e voz.
1. Número e Pessoa
O verbo admite dois números: singular (quando se refere a uma só pessoa ou coisa) e plural (quando se refere a mais de uma pessoa ou coisa).
A primeira pessoa é aquela que fala e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós (plural):
1ª pessoa singular: eu falo
1ª pessoa plural: nós falamos
A segunda pessoa é aquela a quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e vós (plural):
2ª pessoa singular: tu falas
2ª pessoa plural: vós falais
A terceira pessoa é aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles, elas (plural):
3ª pessoa singular: ele fala
3ª pessoa plural: eles falam
2. Modos
Os modos indicam as diferentes atitudes da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia e são três:
a) Indicativo: apresenta o fato como sendo real, certo, positivo. Ex.: Voltei ao colégio.
b) Subjuntivo: apresenta o fato como sendo uma possibilidade, uma dúvida, um desejo. Ex.: Se tivesse voltado ao colégio, teria encontrado o livro.
c) Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, exortação ou súplica. Ex.: Volta ao colégio.
3. Formas nominais do verbo
São chamadas formas nominais, porque podem desempenhar as funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem o modo. São elas: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.
Infinitivo- exprime a idéia de ação e seu valor aproxima-se do substantivo:
"Navegar é preciso
Viver não é preciso" (Fernando Pessoa)
Os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso equivalem a um substantivo.
O infinitivo pode ser :
Pessoal - quando tem sujeito: É preciso vencermos esta etapa (sujeito: nós)
Impessoal - quando não tem sujeito: Viver é aproveitar cada momento. (não há sujeito)
Gerúndio - exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio e do adjetivo:
O menino estava chorando. (função de adjetivo)
Pensando, encontra-se uma solução. (função de advérbio)
Particípio - exerce as funções próprias de um adjetivo e por isso pode, em certos casos, flexionar-se em número e em gênero:
Terminado o ano letivo, os alunos viajaram.
Terminados os estudos, os alunos viajaram.
4. Tempo
O tempo verbal indica o momento em que acontece o fato expresso pelo verbo.
São três os tempos básicos: presente, passado (pretérito) e futuro, que designam, respectivamente, um fato ocorrido no momento em que se fala, antes do momento em que se fala e que poderá ocorrer após o momento em que se fala.
O presente é indivisível, mas o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo e no subjuntivo.


Indicativo
Presente : estudo
Pretéritos
Pretérito Imperfeito: estudava
Pretérito Perfeito simples: estudei
Pretérito Perfeito composto: tenho estudado
Pretérito Mais-que-perfeito simples: estudara
Pretérito Mais-que-perfeito composto: tinha (ou havia) estudado
Futuros
Futuro do presente simples: estudarei
Futuro do presente composto: terei (ou haverei) estudado
Futuro do pretérito simples: estudaria
Futuro do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado
Subjuntivo
Presente: estude
Pretéritos
Pretérito Imperfeito: estudasse
Pretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudado
Pretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
Futuros
Futuro simples : estudar
Futuro composto: tiver (ou houver) estudado
Imperativo
Presente: estuda (tu)
Formação dos tempos simples (Primitivos e derivados)
Quanto à formação dos tempos, estes dividem-se em primitivos e derivados.
Primitivos:a) presente do indicativo b) pretérito perfeito do indicativo
c) infinitivo impessoal

Derivados do Presente do Indicativo:
Presente do subjuntivo
Imperativo afirmativo
Imperativo negativo
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do subjuntivo
Derivados do Infinitivo Impessoal:
Futuro do presente do indicativo
Futuro do pretérito do indicativo
Imperfeito do indicativo
Gerúndio
Particípio
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cant O vend O part O o
cant aS vend eS part eS s
cant a vend e part e -
cant aMOS vende MOS part iMOS mos
cant aIS vend eIS part IS is
cant aM vend eM part eM m

2. Pretérito Perfeito do Indicativo
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cant eI vend I part I i
cant aSTE vend eSTE part iSTE ste
cant oU vend eU part iU u
cant aMOS vend eMOS part iMOS mos
cant aSTES vend eSTES part iSTES stes
cant aRAM vend eRAM part iRAM ram
3. Infinitivo Impessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
Tempos derivados do presente do indicativo
Presente do subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação)
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Des. temporal Desinência pessoal
1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cant E vend A part A E A Ø
cant Es vend AS part As E A s
cant E vend A part A E A Ø
cant Emos vend Amos part Amos E A mos
cant Eis vend Ais part Ais E A is
cant Em vend Am part Am E A m
IMPERATIVO
Imperativo afirmativo ou positivo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o S final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo.
Imperativo negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente Indicativo Imperativo Afirmativo Presente Subjuntivo Imperativo Negativo
cant o - cant e -
cant as (- s) > cant a cant es > não cant es
cant a cant e <> não cant e
cant amos cant emos <> não cant emos
cant ais (-s) > cant ai cant eis > não cant eis
cant am cant em <> não cant em
Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo
Pretérito mais que perfeito
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -RA mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Futuro do subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.
2. Futuro do pretérito do indicativo
Para formar o futuro do pretérito, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinência temporal -RIA/-RIE e as desinências pessoais.I
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência temporal Desinência pessoal
1ª /2ª e 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
canta RIA vende RIA parti RIA RIA Ø
canta RIAs vende RIAs parti RIAs RIA s
canta RIA vende RIA parti RIA RIA Ø
canta RÍAmos vende RÍAmos parti RÍAmos RIA mos
canta RÍEIs vende RÍEis parti RÍEis RIE is
canta RIAm vende RIAM parti RIAm RIA m
3. Imperfeito do Indicativo
Para formar o imperfeito do indicativo, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinência -VA para os verbos de 1ª conjugação. Para os verbos de 2ª e 3ª conjugações, acrescentamos ao radical as desinências -IA/-IE :
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência temporal Desinência temporal Desinência pessoal
1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
canta VA vend IA part IA VA IA Ø
canta VAs vend IAs part IAs VA IA s
canta VA vend IA part IA VA IA Ø
cantá VAmos vend ÍAmos part ÍAmos VA IA mos
cantá VEis vend ÍEis part ÍEis VA IE is
canta VAm vend IAm part IAm VA IA m
4. Gerúndio
Para formar o gerúndio, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinência -NDO:
Infinitivo impessoal Gerúndio
cantar ........ - R = CANTA canta NDO
vender........ - R = VENDE vende NDO
partir ......... - R = PARTI parti NDO
5. Particípio
Para formar o particípio, acrescentamos diretamente ao tema do infinitivo a desinências -ADO para os verbos de 1ª conjugação e -IDO para os verbos de 2ª e 3ª conjugação:
Infinitivo impessoal Particípio
cantar (- R) = CANTA canta DO
vender (-R) = VENDE vendi DO
possuir (-R) = POSSUI possuí DO
Há também as desinências -TO e -SO para a formação do particípio:
SATISFAZER SATISFEITO
VER VISTO
PÔR POSTO
FAZER FEITO
INCLUIR INCLUÍDO ou INCLUSO
Formação dos tempos compostos
Voz ativa
Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares TER ou HAVER acompanhados do particípio do verbo principal.
Ex.:Alice tem cantado todas as noites.
Alice havia cantado aquela noite.
Voz passiva
Os tempos compostos da voz passiva são formados com o uso simultâneo dos verbos auxiliares TER (ou HAVER) e SER seguidos do particípio do verbo principal.
Ex.:Segundo dizem, Alice teria sido assassinada por um amante.
Conjugação perifrástica
São as chamadas locuções verbais e constituem-se de um verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo.
Ex.:Alice tem de cantar hoje à noite.
Alice estava cantando, quando ocorreu falta de energia elétrica.
Classificação dos verbos
Os verbos podem ser classificados em :
1. REGULARES
2. IRREGULARES
3. DEFECTIVOS
4. ANÔMALOS
5. ABUNDANTES
Antes de abordar acerca da classificação dos verbos, é necessário recordar o que significam vocábulos rizotônicos e arrizotônicos.
Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical (Ex.:canto); arrizotônicos são os vocábulos que têm o acento tônico depois do radical (Ex.:cantei )
Quanto à conjugação, os verbos dividem-se em:
1. VERBOS REGULARES - aqueles que seguem um modelo comum de conjugação, sem apresentar nenhuma mudança no radical (cantar..... canto/cantava/cantei). Para ser regular, um verbo precisa de sê-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.
2. VERBOS IRREGULARES - são os verbos cujo radical sofre modificações no decurso da conjugação, ou cujas desinências se afastam das desinências do paradigma, ou ainda, aqueles que sofrem modificações tanto no radical quando nas desinências (pedir ... peço ; ser .... sou/era/fui).
Quase sempre, a irregularidade surgida no tempo primitivo passa para os respectivos tempos derivados.
Um verbo pode ser irregular apenas em algumas de suas flexões, ou seja, ele poder se portar como regular em alguns tempos e como irregular em outros.Ex.:O verbo pedir possui no presente do indicativo uma irregularidade que só caracteriza a primeira pessoa do singular (peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem).
Há três espécies de verbos irregulares:
a. verbos cuja irregularidade se dá no radical (ou tema) - (irregularidade temática)
Ex.: perder/ perco (o radical perd transformou-se em perc ; ferir: firo (o radical fer transformou-se em fir)
b. verbos cuja irregularidade se dá na desinência (irregularidade flexional)
Ex.: dar/ dou (a desinência regular da 1ª p.s. do indicativo da 1ª conjugação é -o)

c. verbos cuja irregularidade se dá, ao mesmo tempo, no tema e na desinência (irregularidade temático-flexional)
Ex.: caber/ coube (houve alteração no radical, que de cab passou para coub, e, ao mesmo tempo, na desinência, que no paradigma é -i).
Conjugação de alguns verbos irregulares
1ª conjugação
Verbos em -EAR
Os verbos terminados em -ear, como passear, recear, cear, etc. sofrem o acréscimo de um i no radical das formas rizotônicas, isto é, nesses verbos se intercala um i entre o radical e a desinência quando o acento cai no e, o que se dá nas três primeiras pessoas do singular e na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo, e na 2ª pessoa do singular do imperativo:
PASSEAR
Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Imperativo Afirmativo
passeio passeie
passeias passeies passeia (tu)
passeia passeie
passeamos passeemos
passeais passeeis
passeiam passeiem
1. Se os verbos terminados em -EAR devem receber um i eufônico sempre que o acento tônico recai na vogal temática, esse i perderá sua razão de existência quando o acento recair na desinência. Essa é a razão por que verbos como alhear, recear, afear, arrear, idear, não obstante provirem de alheio, receio, feio, arreio, idéia, não devem ser grafados com i no infinitivo, nem em nenhuma das formas em que o acento cai na desinência.
3ª pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo.
MOBILIAR
Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo

mobílio
mobílie
mobílias
mobílies
mobília
mobílie
mobiliamos
mobiliemos
mobiliais
mobilieis
mobíliam
mobíliem

Os outros verbos terminados em -iliar têm a sílaba tônica -li: filio, reconcilio
Verbos em -AR
VERBO DAR
Presente Indicativo Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Pretérito mais-que- perfeito Futuro Presente
dou dava dei dera darei
dás davas deste deras darás
dá dava deu dera dará
damos dávamos demos déramos daremos
dais dáveis destes déreis dareis
dão davam deram deram darão
Futuro Pretérito Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Presente Subjuntivo Pretérito Imperfeito Subjuntivo
daria dê desse
darias dá não dês dês desses
daria dê não dê dê desse
daríamos demos não demos demos déssemos
daríeis dai não deis deis désseis
dariam dêem não dêem dêem dessem
Futuro Subjuntivo Infinitivo Presente Impessoal Infinitivo Presente Pessoal Gerúndio Particípio
der dar
deres dares
der dar dar dando dado
dermos darmos
derdes dardes
derem darem
VERBOS EM - OAR
VERBO MAGOAR
Presente Indicativo Presente Subjuntivo
magôo magoe
magoas magoes
magoa magoe
magoamos magoemos
magoais magoeis
magoam magoem
Verbo regular. Assim se conjugam os verbos em - OAR : abençoar, doar, abotoar, soar, voar, etc. Não se acentuam os grupos -oa e -oe, com exceção de côa, côas (homônimos de coa, coas, contrações de com + a, com + as).
2ª conjugação
VERBO CABER
Presente Indicativo Pretérito Perfeito Indicativo Pretérito mais-que-perfeito Indicativo Presente Subjuntivo Pretérito Imperfeito Subjuntivo
caibo coube coubera caiba coubesse
cabes coubeste couberas caibas coubesses
cabe coube coubera caiba coubesse
cabemos coubemos coubéramos caibamos coubéssemos
cabeis coubestes coubéreis caibais coubésseis
cabem couberam couberam caibam coubessem
Futuro Subjuntivo Gerúndio Particípio
couber este verbo não possui a forma do imperativo
couberes
couber cabendo cabido
coubermos
couberdes
couberem
VERBO PÔR
Presente Indicativo Pretérito Imperfeito Indicativo Pretérito Perfeito Indicativo Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo Futuro do Presente Indicativo
ponho punha pus pusera porei
pões punhas puseste puseras porás
põe punha pôs pusera porá
pomos púnhamos pusemos puséramos poremos
pondes púnheis pusestes puséreis poreis
põem punham puseram puseram porão
Futuro Pretérito Indicativo Presente Subjuntivo Pretérito Imperfeito Subjuntivo Futuro Subjuntivo Imperativo Afirmativo
poria ponha pusesse puser
porias ponhas pusesses puseres põe
poria ponha pusesse puser ponha
poríamos ponhamos puséssemos pusermos ponhamos
poríeis ponhais pusésseis puserdes ponde
poriam ponham pusessem puserem ponham
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
pôr
pores
pôr por pondo posto
pormos
pordes
porem
3ª conjugação
VERBO ABOLIR
Presente Indicativo Imperativo Afirmativo
aboles Abole
abole -
abolimos -
abolis Aboli
abolem -
Defectivo nas formas em que ao L do radical seguiria a ou o, o que ocorre apenas no presente do indicativo e seus derivados. Assim se conjugam os verbos: banir, brandir, carpir, colorir, comedir-se, delir, demolir, extorquir, esculpir, delinqüir, etc.
VERBO CAIR
Presente Indicativo Presente Subjuntivo Imperativo Afirmativo
caio Caia -
cais Caias cai
cai Caia caia
caímos Caiamos caiamos
caís Caiais caí
caem Caiam caiam
Este verbo é regular nos demais tempos.Assim se conjugam os verbos em -AIR: decair, recair, sair, sobressair, trair, distrair, detrair, subtrair, etc.
VERBO COBRIR
Presente Indicativo Presente Subjuntivo Imperativo Afirmativo Particípio
cubro Cubra -
cobres Cubras Cobre
Cobre Cubra Cubra coberto
Cobrimos Cubramos Cubramos
Cobris Cubrais Cobri
Cobrem Cubram Cubram
Defectivos
Aqueles que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: colorir, precaver, etc.
VERBO ABOLIR
Pronomes pessoais
Presente indicativo Presente subjuntivo Imperativo
afirmativo
negativo
Eu - - - -
Tu Aboles - abole -
Ele Abole - - -
Nós Abolimos - - -
Vós Abolis - Aboli -
Eles Abolem - - -
a)Verbos que só são conjugados nas formas em que ao radical segue "i", ou seja, nas formas arrizotônicas. Também nesses verbos a defectividade só se verifica no presente do indicativo, presente do subjuntivo e imperativo. São exemplos: aguerrir, embair, empedernir, esbaforir, florir, falir, adequar, precaver-se, etc.
Pronomes pessoais Presente indicativo Presente subjuntivo Imperativo
afirmativo negativo
Eu - - - -
Tu - - - -
Ele - - - -
Nós falimos - - -
Vós falis - fali -
Eles - - - -
b) Verbos que, pela sua significação não podem ter imperativo (acontecer, poder) ou que, por exprimir ação recíproca (abraçar-se, casar-se), se usam exclusivamente nas três pessoas do plural.

Verbos abundantes
São aqueles que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoa. Suas variantes mais freqüentes ocorrem no particípio.
Ex.:absolver : absolvido, absolto
anexar : anexado, anexo
despertar : despertado, desperto
gastar : gastado, gasto
ganhar : ganhado, ganho
morrer : morrido, morto
O particípio regular vem, geralmente, acompanhado dos auxiliares ter e haver (na voz ativa) e o particípio irregular acompanhado dos auxiliares ser e estar (na voz passiva), devendo-se considerar que não há uma regra a ser seguida.
Ex.: Alice tinha ganhado o prêmio de melhor cantora.(voz ativa)
O prêmio de melhor cantora foi ganho por Alice.(voz passiva)
Vozes Verbais
No que se refere à voz, o verbo pode ser ativo, passivo, reflexivo.
1. Voz ativa
O verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.
Ex.: O diretor da escola maltratou Alice. (O diretor da escola é o agente da ação verbal)
2. Voz passiva
O verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a ação verbal.
Ex.: Alice foi maltratada pelo diretor da escola. (Alice é o sujeito paciente porque recebeu a ação praticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é o diretor da escola)
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
Procedimento para transformação de uma oração na voz ativa em uma oração na voz passiva
Voz Ativa/ Voz Passiva
Maria fez uma boa prova./ Uma boa prova foi feita por Maria.
Maria (sujeito ativo) /Uma boa prova (sujeito paciente)
fez (verbo ativo) /foi feita (verbo passivo)
uma boa prova (objeto direto) /por Maria (agente da passiva)
Note-se que:
O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva
O verbo que era simples passou a composto
O complemento do verbo transformou-se em sujeito paciente
Surgiu, na voz passiva, uma preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de "por" a preposição "de"(rodeado de várias pessoas)
Então, para ser possível transformar uma oração da voz ativa em voz passiva temos que ter alguns elementos essenciais na voz ativa:
1. Um sujeito
2. Um verbo transitivo
3. Um complemento verbal (verbos intransitivos impossibilitam a existência da voz passiva)
A voz passiva é indicada de duas maneiras:
a- Passiva Analítica - Mediante o uso dos verbos auxiliares ser e estar e o particípio de certos verbos ativos: ser visto (sou visto, és visto, é visto....); estar abatido (estou abatido, estava abatido....).
Raramente, a passiva analítica aparecerá com outro verbos que desempenharão a função de um verbo auxiliar.
Ex.: Alice vinha conduzida pelo namorado (voz ativa: o namorado conduzia Alice)
É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva. No exemplo, Alice vinha conduzida pelo namorado, o verbo auxiliar (vir) está no mesmo tempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir)
Ex.: O caçador matou a raposa / A raposa foi morta pelo caçador
verbo principal verbo auxiliar no pretérito
no pretérito perfeito perfeito

b- Passiva sintética ou pronominal - É formada mediante o uso do pronome SE (pronome apassivador). Neste caso, o sujeito agente desaparece, porque não interessa ao narrador mencioná-lo.
Ex.: "Vendem-se jóias" - jóias não pratica a ação de vender, e, sim, recebe, sofre essa ação. Portanto, jóias não é o agente da ação verbal, sendo o sujeito paciente e o verbo é passivo, sendo essa passividade indicada pelo pronome SE. Essa mesma oração pode ser expressa por "Jóias são vendidas" (passiva analítica), continuando o sujeito a ser jóias, que, por estar no plural levará o verbo também para o plural.
3. Voz Reflexiva
Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. A voz reflexiva é formada de um verbo mais um pronome reflexivo (ME, TE, SE, NOS, VOS, SE). Muitas vezes, para se evitar ambigüidade, temos que, ao usar a voz reflexiva empregar outro recurso além do uso desses pronomes, como ocorre no exemplo seguinte:
João e Paulo feriram-se.
a) podemos ter um verbo passivo equivalente a João e Paulo foram feridos
b) podemos ter um verbo reflexivo equivalente a João e Paulo feriram a si próprios
c) podemos ter um índice de reciprocidade de ação, significando que João feriu a Paulo e Paulo feriu a João.
Para que o verbo possa ser considerado reflexivo nesse exemplo, sem ambigüidades, temos que acrescentar alguma expressão de reciprocidade: João e Paulo feriram-se reciprocamente / um ao outro / a si próprios, etc.
Nos verbos reflexivos, vai sempre aparecer um pronome oblíquo, da mesma pessoa que o sujeito, sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade;
eu me nós nos
tu te vós vos
ele se eles se
Por isso os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois grupos: pronominais essenciais e pronominais acidentais.
Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome oblíquo: arrepender-se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc, e o pronome oblíquo que os acompanha nunca terá uma função sintática.
Ex.: Ele se queixa sempre.
Eu me queixo sempre.
Tu te queixas sempre.
Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar reflexibilidade da ação, vêm acompanhados do pronome oblíquo.
Ex.: O bandido escondeu o dinheiro (verbo transitivo)
O bandido escondeu-se (verbo reflexivo - escondeu a si próprio)
Sintaxe
Análise Sintática 1 - Frases, Orações e Períodos
Frase é todo enunciado linguístico capaz de transmitir uma idéia. A frase é uma palavra ou conjunto de palavras que constituem um enunciado de sentido completo.
A frase não virá necessariamente acompanhada por um sujeito, verbo e predicado, como segue o exemplo: «Cuidado!» é uma frase, pois transmite uma idéia, a idéia de ter cuidado, ou ficar atento, e não há um único verbo, ou sujeito, muito menos predicado.
A frase se define pelo propósito de comunicação, e não pela sua extensão. O conceito de frase, portanto, abrange desde estruturas lingüístico muito simples até enunciados bastante complexos
Já a oração é todo enunciado linguístico que se estrutura ao redor de um verbo, apresentando, desta maneira e na maioria das vezes, "termos essenciais da oração, sujeito e predicado".
Ex: «O menino sujou seu uniforme.»
O que caracteriza a oração é o verbo, não importando se sem ele, a oração tenha sentido ou não.
O período é uma frase que possui uma ou mais orações, podendo ser:
• Simples: Quando constituído de uma só oração.
Ex.: João ofereceu um livro à Joana.
• Composto: Quando é constituído de duas ou mais orações.
Ex.: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois a última obviamente não o foi.
Os períodos compostos são formados por coordenação, por subordinação ou por ambas as formas(coordenação-subordinação).
Tipos básicos de frases
• Frases declarativas: após a constatação de um fato, o emissor faz uma declaração;
• Frases exclamativas: as que possuem exclamação;
• Frases imperativas: as que expressam ordens; proibições; conselhos.
• Frases interrogativas: as que transmitem perguntas;
E ainda há mais dois grupos secundários:
• Frases optativas: o emissor expressa um desejo (Ex.: Quero comer picolé.);
• Frases imprecativas: o emissor expressa uma súplica através de maldição. (Ex.: Que um raio caia sobre minha cabeça.).

Análise Sintática 2 – Termos Essenciais da Oração
A Análise sintática estuda a estrutura do período, divide e classifica suas orações, observa a função da palavra na oração ou no período.

Período é a frase expressa através de uma ou várias orações terminadas por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências. O período pode ser simples (quando possui uma só oração) ou composto (quando possui mais de uma oração).

Frase é todo e qualquer enunciado de sentido completo, pode ser formada por uma simples palavra, uma oração ou um período. A frase pode ou não ter verbo.

Oração é o conjunto de palavras organizadas em torno de um verbo. Para que haja oração é necessário um verbo e cada verbo forma uma oração. Assim haverá tantas orações quantos forem os verbos existentes no período.

Os termos da oração são formados por palavras que se relacionam entre si e cada um desses termos desempenha uma função. O termo pode ser formado por uma ou várias palavras.

Exemplo:
Luana desfila (o termo sujeito é Luana)
A bela Luana desfila (o termo sujeito é A bela Luana)

Obs. Veja que o termo “A bela Luana” é formado por 3 palavras. Quando o termo é formado por um conjunto de palavras, há sempre uma que se destaca – é a mais importante –, a ela damos o nome de núcleo. Destarte, no termo sujeito “A bela Luana” o núcleo é Luana.

TERMOS DA ORAÇÃO

Os termos da oração são classificados de acordo com a importância que exercem dentro da oração. São:

1. Termos essenciais da oração: sujeito e predicado

2. Termos integrantes: complemento verbal, complemento nominal

3. Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto (explicativo, enumerativo, especificativo, distributivo, oracional, recapitulativo ou resumidor, comparativo), vocativo.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
(SUJEITO e PREDICADO)

SUJEITO
O sujeito é o termo da oração a respeito do qual se enuncia algo.
Núcleo do sujeito: é a palavra (substantivo ou pronome) que realmente indica a função sintática que está exercendo.
Exemplo: O computador travou novamente.
Sujeito: O computador
Núcleo: computador

TIPOS DE SUJEITO

1. DETERMINADO
O sujeito é determinado quando pode ser identificado na oração, quer se apresente de forma explícita, quer implícita, é facilmente apontado na oração, e subdivide-se em: simples e composto.

Simples – quando o sujeito possui um único núcleo.
Exemplo: o menino quebrou o brinquedo.
núcleo

Composto – quando o sujeito apresenta dois ou mais núcleos.
Exemplo: Lula e Dirceu cambaleavam pela rua.
núcleo núcleo

Implícito – quando o sujeito não está expresso claramente e só é possível identificá-lo através da desinência verbal.
Exemplo: Viajaremos para São Paulo.
Sujeito: (nós)

2. INDETERMINADO
Quando o sujeito não está expresso na oração, ou por não se desejar que ele seja conhecido, ou pela impossibilidade de sua explicitação, ou seja, não é possível determiná-lo na oração.
O sujeito indeterminado apresenta-se de duas maneiras:
1. Verbo na 3ª pessoa do plural, sem a existência de outro elemento que exija essa flexão do verbo. Exemplo: Mandaram o pintor concluir o serviço.
2. Verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome se. Exemplo: Precisa-se de costureiras.

Observação:
O sujeito é indeterminado com a partícula se funcionando como índice de indeterminação. Veja as características: o verbo sempre na 3ª pessoa do singular; não há palavra que funcione como sujeito; geralmente aparece preposição depois do pronome se; não pode ser transformada em voz passiva analítica.
Exemplo: Falou-se de você.

O sujeito não é indeterminado com a partícula se funcionando como partícula apassivadora. Veja as características: o verbo pode estar na 3ª pessoa do singular ou plural; possui sujeito expresso na oração, nunca oculto; jamais aparece preposição depois o pronome se; pode ser transformado em voz passiva analítica.
Exemplo: Consertam-se botões.


3. ORAÇÕES SEM SUJEITO
São orações constituídas apenas pelo predicado, pois a informação fornecida não se refere a nenhum sujeito. As principais são:
1. Verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, trovejar, nevar, anoitecer, amanhecer, etc. Exemplo: Choveu muito hoje pela amanhã / Nevou bastante no inverno.
2. O verbo haver no sentido de existir ou indicação de tempo transcorrido. Exemplo: Houve sérios problemas na rede elétrica / Há vários anos não viajamos.
3.O verbo fazer, ser e estar indicando tempo transcorrido ou tempo que indique fenômeno da natureza. Exemplo: Faz duas semanas que não chove / Está muito quente hoje / Era noite quando ele chegou.

ALGUMAS OBSERVAÇÕES:
1. O verbo ser, impessoal, concorda com o predicativo, podendo aparecer na 3ª pessoa do plural. Exemplo: São oito horas da manhã / É uma hora da tarde.
2. Os verbos que indicam fenômenos da natureza, quando usados em sentido conotativo (figurado) deixam de ser impessoais. Exemplo: Amanheci disposto / choveram reclamações sobre as operadoras de telefonia.
3. Quando um pronome indefinido representa o sujeito, ele deve ser classificado como determinado. Exemplo: Alguém pegou a minha borracha / Ninguém ligou hoje.


PREDICADO

O predicado é aquilo que se comenta sobre o sujeito. Para estudá-lo é necessário conhecer o verbo que forma o predicado. Quanto à predicação os verbos podem ser classificados como: intransitivos, transitivos e de ligação.

VERBO INTRANSITIVO

São verbos que não exigem complemento, pois têm sentido completos. Exemplo: A menina caiu / O computador quebrou.

VERBO TRANSITIVO

São verbos que exigem complemento e se dividem em: transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.
1. Transitivo direto: não exigem preposição, ligando-se diretamente ao seu complemento, chamado objeto direto. Exemplo: As empresas tiveram prejuízos.
2. Transitivo Indireto: exigem preposição, ligando-se indiretamente ao seu complemento, chamado de objeto indireto. Exemplo: Gustavo gostava de chocolate.
3. Transitivo direto e indireto: exigem os dois complemento – objeto direto e objeto indireto – ao mesmo tempo. Exemplo: Alan pediu um carro ao pai.


VERBO DE LIGAÇÃO

São verbos que expressam estado ou mudança de estado e ligam o sujeito ao predicativo. Exemplo: Os alunos permaneceram na sala.

O verbo de ligação pode expressar:
1. Estado permanente: expressa o que é habitual, o que não se modifica. Verbos ser e viver. Exemplo: Anita é bonita.
2. Estado transitório: expressa o que é passageiro: Verbos estar, andar, achar-se, encontrar-se. Exemplo: Antônio anda preocupado / A criança está doente.
3. Mudança de estado: revela transformação. Verbos ficar, tornar-se, acabar, cair, meter-se. Exemplo: A pintura ficou bonita.
4. Continuação de estado. Verbos continuar, permanecer. Exemplo: O computador permaneceu desligado / José continua febril.
5. Estado aparente. Verbo parecer. Exemplo: A sobremesa parece saborosa.

TIPOS DE PREDICADO

Há três tipos de predicado: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal.

1. Predicado Nominal
Expressa o estado do sujeito. O verbo é de ligação.
Exemplos: O dia continua quente / Todos permaneciam apreensivos.

Observação: O núcleo do predicado nominal é chamado predicativo do sujeito, pois atribui qualidade ou condição.

2. Predicado Verbal
Expressa a ação praticada ou recebida pelo sujeito.
Exemplo: Os professores receberam o prêmio.

Observação: o núcleo do predicado verbal é o verbo, pois sua mensagem principal é a ação praticada ou recebida pelo sujeito.
Veja: Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho.

3. Predicado Verbo-Nominal
Informa a ação e o estado do sujeito.
Exemplos: Nós chegamos cansados / Cândida retornou feliz da viagem.

Observação: o predicado verbo-nominal é constituído de dois núcleos – um verbo e um nome – porque fornece duas informações: ação e estado.
Veja: O comprador saiu da loja estressado / A criança dormia tranqüila.


TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

São termos que servem para complementar o sentido de certos verbos ou nomes, pois seu significado só se completa com a presença d
e tais termos.

Os termos integrantes da oração são:
1. Complemento verbal
2. Complemento Nominal

COMPLEMENTO VERBAL
_ Objeto direto
_ Objeto indireto

Objeto Direto
Termo não regido por preposição. Completa o sentido do verbo transitivo direto.
Exemplos: Eles esperavam o ônibus / Rita vendia doce.
PS: Um método bem prático para determinar o objeto direto é perguntar quem? ou o quê? depois do verbo. Ex: Ela vendia (o quê) doce.

Objeto Direto preposicionado
Mesmo não sendo regido de preposição, há casos em que o objeto direto necessita de uma preposição:
1. Quando é formado por pronomes oblíquos tônicos. Exemplo: Assim, prejudicas a ti.
2. Quando é formado por substantivos próprios ou referentes a pessoas. Exemplo: Amai a Deus sobre todas as coisas.
3. Quando é formado por pronomes demonstrativos, indefinidos e de tratamento. Exemplo: A foto sensibilizou a todos.
4. Quando é formado pelo pronome relativo quem. Exemplo: Queremos conhecer o professor a quem admiras tanto.
5. Quando o objeto direto é a palavra ambos. Exemplo: A chuva molhou a ambos.
6. Para evitar ambigüidade: Exemplo: Convenceu ao pai o filho mais velho.
7. Quando se quer indicar idéia de parte, porção. Exemplo: Beberemos deste vinho.

Objeto Direto Pleonástico
Quando se quer dar ênfase à idéia, o objeto direto aparece repetido na oração.
Exemplo: Este livro, eu o comprei.

Objeto Indireto
Completa o sentido do verbo transitivo indireto e é regido por preposição.
Exemplo: Aline gosta de frutas. / Não confio em políticos.
PS: Para reconhecer o objeto indireto, basta a pergunta quem ou quê depois do verbo + preposição adequada.
Exemplo: Aline gosta (de quê) de frutas.

Objeto Indireto Pleonástico
É quando o objeto indireto aparece duplamente na oração para se dar ênfase a idéia.
Exemplo: A mim ensinaram-me muito bem.


COMPLEMENTO NOMINAL

Complemento Nominal é o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios, ligando a esses nomes por meios de preposição.
Exemplo: Tenho a certeza de sua culpa. / A árvore está cheia de frutos.

Para determinar o complemento nominal basta seguir o seguinte esquema:
Nome + preposição + quem ou quê?
Exemplo: Ele é perito em computação.

Diferença entre o Complemento Nominal e Objeto Indireto
Enquanto o complemento nominal completa só sentido dos nomes (substantivo, adjetivo e advérbio), o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Exemplo:
Lembrei-me de minha terra natal. (objeto indireto)
Ela manteve seu gosto pelo luxo. (complemento nominal)


AGENTE DA PASSIVA

Agente da Passiva Ocorre em orações cujo verbo se apresenta na voz passiva a fim de indicar o elemento que executa a ação verbal.
Exemplo: As terras foram invadidas pelos sem-terra. / A cidade estava cercada de belezas naturais.

OBSERVAÇÃO: O agente da passiva, o objeto indireto e o complemento nominal são regidos por preposição, muitas vezes há dúvidas na diferenciação dos três. Quando isso ocorrer, basta observar o sujeito da oração. Para ser agente da passiva o sujeito precisa ser paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
Exemplo:
A estatueta havia sido levada pelos invasores. (agente da passiva)
Sentia-se livre de qualquer responsabilidade. (complemento nominal)
Vamos precisar de sua compreensão. (objeto indireto)


TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Apesar de prescindíveis são necessários para o entendimento do enunciado porque informam alguma característica ou circunstância dos substantivos, pronomes ou verbos que os acompanham. São considerados termos acessórios da oração:
• adjunto adnominal;
• adjunto adverbial;
• aposto


ADJUNTO ADNOMINAL

São palavras que acompanham o substantivo para caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo. O adjunto adnominal pode ser representado por: adjetivos; artigos; numerais; pronomes adjetivos; locuções adjetivas.

Adjetivo:
As casas ANTIGAS eram mais trabalhadas.
Adj. Adnominal
Adjetivo

Artigo:
AS estrelas iluminavam A noite.
Adj. Adnominal Adj. adnominal
Artigo artigo

Numeral:
TRÊS árvores caíram.
Adj. Adnominal
Numeral

Pronome adjetivo
AQUELES computadores estão quebrados.
Adj. Adnominal
Pronome adjetivo

Locução adjetiva:
O suco DE LARANJA estava gostoso.
Adj. Adnominal
Locução adjetiva

OBSERVAÇÃO:
Funcionam também como adjuntos adnominais os pronomes oblíquos quando assumem o valor de pronomes possessivos.
Exemplo:
Feriram-me as pernas. (Feriram minhas pernas)

DIFERENÇA ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL

Adjuntos Adnominais são palavras que acompanham o núcleo do sujeito ou do predicativo do sujeito dando-lhes características, delimitando-os. São termos acessórios da oração, do ponto de vista da análise sintática. Ex. O amor de mãe faz bem a qualquer um.

Complemento Nominal é o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios, ligando a esses nomes por meios de preposição. Esses nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) se comportam de maneira similar aos verbos transitivos, isto é, exigem um complemento. O que é denominado de complemento nominal.
Exemplo: Santos Dumont foi o responsável pela invenção do avião.
(CN)



ADJUNTO ADVERBIAL

Termo que se refere ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio, para indicar uma circunstância.

Circunstância de tempo:
Só obtivemos os gabaritos do vestibular NO DIA SEGUINTE.
Adj. Adverbial

Circunstância de lugar:
O trânsito está engarrafado NA AVENIDA DE SÃO LUÍS.
Adj. Adverbial

Circunstância de modo:
Os turistas foram recebidos ALEGREMENTE.
Adj. Adverbial

Circunstância de intensidade:
Comemos POUCO no almoço.
Adj. Adverbial

Circunstância de causa:
Estávamos tremendo DE FRIO.
Adj. Adverbial

Circunstância de companhia:
Vou sair COM VOCÊ.
Adj. Adverbial

Circunstância de instrumento:
COM A VASSOURA retirou a sujeira da sala.
Adj. Adverbial

Circunstância de dúvida:
POSSIVELMENTE chegaremos atrasados.
Adj. Adverbial

Circunstância de finalidade:
Estudo PARA AUMENTAR MEUS CONHECIMENTOS.
Adj. Adverbial

Circunstância de meio:
Prefiro viajar DE CARRO.
Adj. Adverbial

Circunstância de assunto:
Conversamos SOBRE ECONOMIA.
Adj. Adverbial

Circunstância de negação:
NÃO deixarei desarrumarem a casa.
Adj. Adverbial

Circunstância de afirmação:
COM CERTEZA iremos ao parque.
Adj. Adverbial.


APOSTO

É o termo que tem por objetivo explicar, esclarecer, resumir ou comentar algo sobre outro termo da oração.

Recife, A VENEZA BRASILEIRA, sofre durante o período chuvoso.
Aposto

AMD, FABRICANTE DE PROCESSADORES, vem ganhando mercado.
Aposto

OBSERVAÇÕES:
O aposto pode aparecer anteposto ao termo a que se refere.
Exemplo:
VENEZA BRASILEIRA, Recife está sofrendo com o começo do inverno.
Aposto

O aposto pode aparecer precedido de expressões explicativas.
Exemplo:
Algumas matérias, a saber, MATEMÁTICA, FÍSICA e QUÍMICA, são as que apresentam maiores dificuldades de aprovação no vestibular.

VOCATIVO – TERMO INDEPENDENTE

É considerado um termo independente da oração porque não faz parte de sua estrutura. É usado para expressar o sentimento do falante; sentimento esse usado para invocar, chamar, interpelar ou apelar a quem o falante se dirige.
Exemplo:
MENINO, venha cá!
Vocativo
MEUS FILHOS, tenham calma.
Vocativo


DIFERENÇA ENTRE VOCATIVO E APOSTO

O vocativo não mantém relação sintática com nenhum termo da oração, enquanto o aposto mantém relação sintática com um ou vários termos da oração.

MENINOS, voltem aqui.
Vocativo

São Paulo, CENTRO FINANCEIRO, sofre com as altas taxas de desemprego.
Aposto

Pontuação

Vírgula (,)
Emprego da vírgula no período simples
quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados:
Ex. A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.
2. Para isolar os objetos pleonásticos:
Ex. Os meus amigos, sempre os respeito.
3. Para isolar o aposto explicativo:
Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.
4. Para isolar o vocativo:
Ex. Alberto! Traga minhas calças até aqui!
5. para separar elementos coordenados:
Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote.
6. Para indicar a elipse do verbo:
Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)
7. Para separar, nas datas, o lugar:
Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996.
8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada:
Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei.
9. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer...
Ex. Irei para Águas de Santa Brárbara, melhor dizendo, Bárbara.
Emprego da vírgula no período composto
Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por
vírgula.
Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los
Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos
forem diferentes e quando o e aparecer repetido.
Ex. Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo.
Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco.
Período composto por subordinação
Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula.
Ex. É evidente que o culpado é o mordomo.
Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula.
Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.
Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula.
Ex. Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.

Ponto-e-vírgula (;)
O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve
que o ponto.
O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece.
Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula:
Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas:
186
Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último
verão, estamos sem nos ver.
Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas:
Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras
durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem.
Para separar enumeração após dois pontos:
Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras:
- não fumar dentro do colégio;
- não fazer algazarras na hora do intervalo;
- respeitar os funcionários e os colegas;
- trazer sempre o material escolar.

Dois-pontos (:)
Deve-se empregar esse sinal:
Para iniciar uma enumeração:
Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás.
Para introduzir a fala de uma personagem:
Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula diz:
__ Essa moleza vai acabar!
Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito:
Ex. Essa moleza vai acabar!: essas são as palavras do professor Luís.

Reticências ( ... )
As reticências são empregadas:
Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem:
Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu?
Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida pela fala da outra:
Ex. __ Como todos já deram sua opinião...
__ Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar.
Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase:
Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu
145, portanto...
Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos:
Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector)

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"A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem"